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Rafael "Sapo" Natal - Hora de aproveitar o embalo

Mineiro faixa preta de jiu-jitsu, Rafael Sapo busca segunda vitória seguidas no card preliminar do UFC 143: Diaz vs. Condit no próximo sábado, dia 4 de fevereiro.

No dia 4 de fevereiro, Rafael "Sapo" Natal entra no cercado do UFC 143 contra o invicto Michael Kuiper, estreante na organização e invicto no MMA. Sapo (13-3-1) está atrás da segunda vitória no evento. Além do resultado positivo na última apresentação, contra Paul Bradley, Rafael empatou na penúltima luta e foi derrotado na primeira. Ou seja, o próximo desafio, em Las Vegas, pode desempatar positivamente o cartel no Ultimate.  Neste intuito, o brasileiro voltou às raízes.
"A preparação foi muito boa e começou há quase três meses. Iniciei em Nova York, onde moro atualmente, mas depois parti para o Brasil e foi muito produtivo."

Nos EUA, Rafael treina ao lado de lutadores com passagem pelo UFC como Renzo Gracie, Ricardo "Cachorrão" Almeida e Rolles Gracie, além de outro faixa-preta da família Gracie, Igor. Mas as origens de Sapo são com o professor Vinícius "Draculino" Magalhães, lutador com experiência em eventos como o Strikeforce. Por conta disso, a visita à terra natal foi ainda mais revigorante, ao mesmo tempo que importante estrategicamente.

"O Vinicius Draculino atualmente mora em Houston, mas estava no Brasil e pude treinar com ele, que é o meu antigo professor de jiu-jitsu ”, diz Sapo. Foi um prazer estar ao seu lado dessa vez, ele viu os meus treinos e me passou toda a planilha de treinamentos para eu melhorar."
"Também pude treinar com o meu primeiro treinador de muay thai e com os meus antigos parceiros. Fui à minha academia no Brasil e os meus alunos me ajudaram bastante. Além disso, estive ao lado da minha família. Finalizo o trabalho aqui em Nova York, o que é ótimo, pois nesta preparação pude treinar com a minha antiga equipe e com a nova", completa.

Adversário do brasileiro, o holandês Michael Kuiper é estreante em UFCs, mas Rafael acha que isso não pesa a seu favor. O lutador lembra da sua estreia no UFC Fight Night 22, contra Rich Attonito, quando acabou derrotado, e garante que o "fator estreia" não foi determinante no resultado. Nas 11 vitórias, Kuiper finalizou quatro e nocauteou seis. Quanto ao jogo de finalizações adversário, Sapo diz estar mais que preparado. Mas a trocação também pode ser uma surpresa do brasileiro, que hoje trabalha o quesito com Phil Nurse, treinador de campeões como Jon Jones, Georges St. Pierre e Frankie Edgar.

"Ele está melhorando muito a minha parte em pé. Na minha última luta, tive que ficar em pé o tempo todo. Era contra um wrestler muito forte (Paul Bradley) e me portei bem. A tendência é que eu procure o solo, o jiu-jitsu é até hoje o meu carro chefe e sempre vou buscar a finalização. Mas estou pronto para tudo", garante ele, que também analisa o oponente que vai ter pela frente no Mandalay Bay Events Center.

"O Michael vem de 11 vitórias e está bem preparado. É faixa-preta de judô, então tem experiência em competições. Além disso, é da Holanda e todos por lá têm o kickboxing bom. Ele vai estar preparado e vai ser duro. Tem o fato de ainda ser invicto, quando o cara está assim pensa que não vai perder. Mas estou pronto para esse estilo de jogo dele."

Uma coisa é certa: quando botar os pés dentro do Octógono, Rafael vai tentar vencer o mais rapidamente possível. Vontade para isso não vai faltar e a experiência será um aliado.

"Para mim no UFC primeiro veio a derrota, depois o empate. Então pensei: agora vem a vitória, é a ordem natural (risos)! Foi bom esse início, tive muita pressão, então não espero nada pior que isso. Foram lutas muito difíceis, todas em três rounds. Tenho três lutas no UFC e 45 minutos dentro do Octógono. O plano agora é finalizar ou nocautear antes dos três rounds, é o que eu espero, o que vou buscar."