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Depois de bater o 5º brasileiro, Tyson Griffin é o novo Brazilian Killa?

Entre os anos de 2001-2002, um americano de nome Alex Stiebling foi intitulado "Brazilian Killa" (Matador de Brasileiros) depois que ele venceu quatro brasileiros seguidos no evento IVC, realizado na Venezuela. Stiebling continuou perpetuando sua boa fase contra atletas oriundos do Brasil e no Pride em 2002, ele derrotou dois veteranos do UFC, Allan Goes e Wallid Ismail. O Brazilian Killa desfrutava da idéia de ter sido apelidado desta forma, tanto que usava um calção com o nickname estampado em letras garrafais. Tudo ia bem, até ele topar com o atual rei da categoria média do UFC, Anderson Silva, no Pride 21, e sentir na pele o que é mexer com uma nação conhecida como fábrica de lutadores de MMA. Um chute na cabeça aos 1min:23s do round inicial tirou o selo que carimbava as vitórias de Stiebling diante de brasileiros.

Cinco anos após aquele trauma chamado Alex Stiebling, outro americano, o peso leve Tyson Griffin, vem mostrando que suas habilidades em bater brasileiros estão afiadas. Ele não bateu seis seguidos do Brasil, mas chegou a marca de cinco vitórias contra lutadores vindos do maior país da América do Sul.

Dono de um wrestling excelente e de uma movimentação em pé rápida e precisa, Griffin de 25 anos de idade, começou seu legado contra Thiago Tavares no UFC 76, vencendo em seguida Gleison Tibau (UFC 81) e Marcus Aurelio (UFC 83). Uma derrota para o compatriota e ex-campeão Sean Sherk interrompeu a boa fase, que voltou rápido no UFC Fight Night 18 contra Rafael dos Anjos. Em sua última apresentação, no UFC 103, Griffin deu cabo de Hermes Franca, último brasileiro da lista, por TKO no segundo assalto.

A vitória sobre Hermes foi a primeira de Griffin que não foi para a decisão dos juízes contra brasileiros, e sobre o feito e outros assuntos o americano conversou com o UFC.com/br com exclusividade.

Como você analisa sua vitória contra Hermes Franca no UFC 103?

Eu tive um ótimo desempenho contra o Hermes. Apenas fiz tudo de acordo com com planejamento e não cometi erros.

Hermes é um faixa-preta de Jiu-jitsu muito habilidoso, porém não tentou levar você para baixo. Este fato te surpreendeu?
Não me surpreendeu porquê ele é conhecido como um cara que luta em pé também, e tem muita força neste aspecto. Ele já nocauteou alguns caras.

Então qual era sua maior preocupação contra o brasileiro?
O jogo em pé. Como disse, ele tem mãos pesadas e minha maior preocupação era não ser acertado por uma delas e ser nocauteado.

Griffin, sinceramente, você acha que você se sai melhor contra brasileiros com raízes no Jiu-jitsu ou isto é somente uma coincidência?
Eu acho que eu luto melhor a cada vez que eu faço e não importa contra quem eu lute. Eu sempre procuro melhorar minhas habilidades e isso aparece nas minhas lutas.

Quando o UFC convocou você para lutar contra o Hermes um infinidade de fãs brasileiros apontaram você como o vencedor. Para eles você detém algum tipo de antídoto contra o jiu-jitsu. Você tem algum segredo especial?
Sem segredos especiais. Eu apenas tenho uma ótima defesa para as finalizações e conheço bem o jiu-jitsu. Acho que conheço o bastante para controlar a maioria das posições.

No Pride o "Matador de Brasileiros" era o Alex Stiebling, no UFC este apelido é seu?

Eu acho que eu apenas "matei" um brasileiro, e isto eu consegui com meu nocaute sobre o Hermes. Entretanto definitivamente eu bati a maioria dos bons brasileiros da divisão peso leve.

Das nove lutas que você disputou no UFC, perdeu apenas duas (Frankie Edgar no UFC 67 e Sherk no UFC 90) . Você acredita que para almejar uma luta pelo cinturão da categoria leve você terá que fazer revanches?
Eu não acho não. Eu acho que você aprende depois de cada luta e não é porquê perdi que devo lutar contra eles novamente. Eu aprendi com meus erros nas duas e estou olhando para frente. Talvez se eu fosse nocauteado ou finalizado em alguma destas lutas eu pensaria diferente, mas elas foram decididas pelos juízes, decisões apertadas.

Alguma mensagem final?

Eu sei que tenho fãs brasileiros, então quero dizer muito obrigado pela força. Valeu mesmo!